O pacto (The Covenant) - 2006

Juro que levei em consideração o fato de o filme ser baseado em HQ e não quis assistir à história com negativismo, apesar de achar que são raros os filmes de HQ dignos de respeito. Mas, mesmo assim, não deu para gostar de O Pacto.

A história é até bem legal, mas o filme foi muito mal feito. Quatro adolescentes (que nem fizeram 18 anos ainda na história, mas têm cara de uns 25) possuem superpoderes herdados de seus ancestrais que viveram na época da Caça às Bruxas de Salem. Ao completar 18 anos, esses adolescentes "ascendem", ou seja, atingem o ápice do poder.

Porém, se eles não tiverem responsabilidade e acabarem se viciando em utilizá-los, acabam envelhecendo proporcionalmente. Sendo assim, quanto mais os poderes forem usados, menos vitalidade resta.

Isso aconteceu com o pai de Caleb (integrante do quarteto mais perto de completar 18 anos), que tem 44 anos e vive em um corpo de mais de 100. O problema começa quando o descendente da quinta família (que todos julgavam extinta) aparece, com sede de poder e já viciado em utilizá-lo para o mal.

Lendo assim, o filme até parece interessante, né? Pois é, mas o filme em si conseguiu ser, no mínimo, decepcionante. As cenas não têm continuação nem continuidade, fazendo parecer que está tudo jogado dentro de um todo mais confuso ainda.

Pelo menos a lição que o filme passa sobre utilizar os recursos disponíveis com responsabilidade (isso pode ser entendido como as bebidas, drogas e "modinhas" na vida dos adolescentes sem superpoderes) sob pena de sofrer sérias consequências e sobre a difícil passagem da adolescência para a vida adulta e tudo o que isso implica são abordagens válidas. É um filme ruim, mas que deve ter agradado muitos adolescentes. Eu passei dessa fase. E não gostei.