À Procura da Felicidade (The Pursuit of Happyness) - 2006

Antes de tudo: o que foi a atuação de Will Smith??!?!!?!?!? Simplesmente espetacular!!!! Oscar, oscar, oscar já!!!

Agora, vamos à minha opinião sobre o filme: eu já tinha absoluta certeza de que ia gostar. Só não imaginava que gostaria tanto assim. Eu já sou suspeita para falar de filmes baseados em historias reais, porque adoro, mas À Procura da Felicidade superou todas as minhas expectativas.

O filme mostra o que vive acontecendo por aí, mas de uma maneira excepcional. Porque na vida real é assim: você é esforçado, honesto, inteligente e nunca fez mal a ninguém e, apesar disso, às vezes nada dá certo. Conheço inúmeros casos, um monte mesmo.

O fato é que Chris Gardner (Will Smith) é apaixonante, tanto quanto seu filho Christopher (Syre Smith, que é mesmo o filho de Will Smith!!!! E ele promete como ator. Êta menininho bom!), que nutrem um amor incondicional um pelo outro. Na verdade, o pequeno é a única coisa boa na sua vida.

Durante muitos anos, é somente seu filho que o faz ter a certeza de que tudo aquilo vale a pena. É a força que Gardner precisa para persistir e continuar lutando, mais do que horas de sono (repararam quantas noites ele passa sem dormir?) e do que refeições balanceadas (repararam quantas vezes ele come durante o filme?). Certamente, se Christopher não existisse, o desfecho de sua vida seria completamente diferente.

Absolutamente tudo dá errado na vida de Gardner. É tanto azar, tanta desilusão, que eu não parava de pensar: “Não é possível que tudo isso tenha acontecido com uma pessoa só! Será que não dava para dividir melhor essas fatalidades entre a humanidade???”. E quando você pensa que a sorte vai começar a sorrir para ele, mais uma desgraça acontecia, e mais uma, e mais uma.

O que mais faz a gente se solidarizar é que ele, como pessoa, pai e profissional, realmente não merecia tudo aquilo. Não mesmo! Eu, quando percebi, estava soluçando tão alto que fiquei até com vergonha. Ensopei, literalmente, cinco guardanapos que, por sorte, tínhamos levado junto com a pipoca para a sala de cinema.

As cenas que mostram a desigualdade social são tocantes e, para mim, o momento do metrô e a noite no banheiro (que me lembraram muito A Vida é Bela) são para guardar para sempre.

A olhadinha que Will Smith dá para o verdadeiro Gardner no final do filme (ele aparece andando e passa ao lado de Will Smith na última cena) foi fofa demais. A dica foi de Cassiano e eu lembrei na hora quando vi! Reparem também!

Em tempos de homens que arrastam uma criança presa em um carro até a sua morte, saber que alguém, mesmo com todos os motivos para ser revoltado e cruel, nunca desiste de vencer percorrendo o caminho correto (e mais difícil) é, no mínimo, um banho de amor, de esperança e de fé. Recomendadíssimo!