O tempo não pára

Co-mo o tem-po pas-sa rá-pi-do.

Cada vez mais! Quando eu era pequena, queria fazer logo 15 anos para não ser mais chamada de criança. E meus 15 anos nunca chegavam.

Quando fiz 15 anos, queria fazer logo 18 para ser dona do meu nariz. E meus 18 anos nunca chegavam.

Quando fiz 18 anos, comecei a querer que o tempo passasse mais devagar, porque queria ter 18 anos para sempre!

Nada disso! A partir daí, parece que o tempo passa cada vez mais depressa.

Lembro como se fosse ontem dos primeiros dias do ano. E, quando olho para o calendário, como num passe de mágica, já estamos nos últimos!

Fico meio triste sempre que constato isso (e de uns anos pra cá, tem sido sempre assim). Não sei explicar muito bem. Sinto medo. Medo dessa vida acelerada que levamos. Medo dessa vida que vivemos sem "viver".

E, para me consolar, cheguei à seguinte conclusão: o que vale mesmo é a maneira como vivemos esse tempo e não quanto tempo vivemos. É aquela velha história: o que importa é a qualidade e não a quantidade.

Mas, que dá medo, dá!