Exposição “Corpo Humano: Real a Fascinante”

No pedacinho verde de São Paulo, mais conhecido como Parque Ibirapuera, acontece a exposição Corpo Humano: real e fascinante. Desde que a exposição começou eu tentava reservar um tempo para ir, mas ficava só na tentativa. Domingo, depois do almoço, lá fomos nós! E, sinceramente, eu nunca imaginei que veria algo assim na minha vida. A visita à exposição é simplesmente indispensável!

Concordo que o preço não é popular (R$ 30,00, com carteirinha paga R$15,00), mas cada centavo vale a pena, assim como cada minuto que ficamos na fila esperando para entrar (a fila era enooooooooooorme). Ao entrar na Oca, você logo se depara com um quadro avisando que os corpos expostos são REAIS e que, para preservá-los, foi utilizada uma técnica chamada polimerização. Essa técnica consiste em esvaziar os tecidos do corpo e preenchê-los novamente com borracha líquida de silicone, preservando o corpo por muito tempo e dando uma aparência plastificada ao organismo. Agora, fala para mim, alguma vez você imaginou que isso seria possível????

A idéia é de Roy Glover, professor de anatomia e biologia celular da Universidade de Michigan. E não são só os corpos que impressionam. Na exposição, você acaba tendo um superaula de anatomia. Isso porque, ao lado de cada organismo exposto, há textos explicativos com linguagem didática, para entendermos melhor o que estamos vendo.

E foi lendo esses textos que aprendi que o fígado é o órgão mais pesado do corpo humano. O fígado de um adulto pesa em média 1,6 kg!!! Também fiquei passada ao saber que os olhos de uma criança e de um adulto têm o mesmo tamanho, ou seja, eles não crescem como as orelhas e o nariz no decorrer da vida, mas já possuem seu tamanho real logo na infância! Quem diria??

A exposição é dividida por setores, como Esqueleto, Sistema Circulatório (esse é de arrepiar!!! Mas, não vou contar o motivo para não perder a graça), Sistema Digestivo, Sistema Reprodutor, Sistema Nervoso, Sistema Muscular, Sistema Urinário e Corpo Tratado. É composta por 16 cadáveres e 225 órgãos dissecados.

No final, depois de já estar completamente perplexa com a riqueza dos detalhes que compõe a perfeição e complexidade de um corpo humano (é surreal como tudo aquilo junto consegue funcionar em perfeita harmonia!) eu ainda usei e abusei da área de toque, onde a gente podia tocar e ver de perto um cérebro, um joelho (a patela é super complexa, por isso ter problema no joelho é tão fácil!) e um estômago. Outro detalhe importante é o lado educativo da exposição. Além de ser visualmente fantástica, você aprende o tempo todo e pode ver órgãos danificados por diversas doenças, como AVC, Derrame, Cirrose e Câncer.

Se depois de ler isso tudo você ainda não se animou para ir até a Oca e aproveitar, azar o seu! Porque a experiência é única e inesquecível. Só tenho uma reclamação a fazer: era proibido tirar fotos. Minha câmera ficou lá, gritando para ser usada e eu, que pensei mil vezes em ignorar os avisos, acabei respeitando a exigência. Afinal, o que é certo, é certo. E nada melhor do que a memória para guardar tudo aquilo para sempre.