Bossa na Oca: IM-PER-DÍ-VEL!
E viva os 50 anos de Bossa Nova! De 1958 para sempre, amém!
"O silêncio é uma experiência chave para expoentes da Bossa Nova, como João Gilberto.
A Bossa Nova nasce do descobrir que menos é mais."
Sou suspeita, porque acho Tom e Vinícius dois gênios da música e poesia. Sou suspeita, porque amo Bossa Nova. Sou suspeita, porque tenho certeza que só ela poderia ter feito o que fez com o mundo em tão poucos anos (começou em 58 e não tinha mais lugar em 64, com o início da ditadura).
Mas, mesmo sendo muito suspeita, tenho certeza de que todo mundo que já foi concorda comigo: a exposição Bossa na Oca é imperdível! A Oca virou um espaço cheio de boas energias, repleto de sensibilidade, mas tomado por novas tecnologias, que os mestres da Bossa Nova, certamente, nunca sonharam em conhecer. A junção do velho com o novo fez da exposição uma experiência única. Ponto para o Itaú, que está por trás de tudo!
São quatro pavimentos que exalam cultura, boa música, poesia e magia.
Logo na entrada, tem um mural no formato da calçada de Copacabana com o antes, o durante e o depois da Bossa Nova. Demora, é grande, mas leia tudo! Vale a pena ter esse banho de história. Ainda mais para mim, que nasci bem depois de tudo aquilo.
Há também vários IPods gigantes para você escolher, entre inúmeros LPs, a música que quer ouvir.
Depois, você pode entrar em um mini cinema e reviver um pouco da história da Bossa, com entrevistas, músicas e imagens do Rio em 58. Muito louco saber que os compositores faziam as músicas na farra, para a turminha de Copacabana cantar. A pretenção deles de ganhar o mundo era zero! Quem diria....mal sabiam eles que aquela música despretenciosa deles era genialidade pura! Como diz João Gilberto, a Bossa mostrou ao mundo que menos é mais. Adoro!
E a réplica da praia de Copacabana, gente? O que é aquilo? Areia e calçada de verdade, para entrar no clima de vez! Eu entrei. :)
Diversos painéis mostram entrevistas simultaneamente, com artistas da Bossa e os de hoje, que foram influenciados por eles.
Mais três salas, cada uma decorada de maneira especial, aconchegante e intimista transmitem mais três filmes: um sobre Tom (by Dora Jobim, sua neta), outro sobre Vinícius e outro sobre os outros artistas, que formam a Turma da Bossa. E nesse andar também que é possível passar alguns instantes numa câmara anecóica (sem eco), no silêncio absoluto. A experiência é ótima e, quando você sai de lá, parece que aquela loucura do som ambiente passa a ser um monstro te perseguindo.
Falta falar ainda de um show, em que vários artistas cantam Garota de Ipanema. E a gente tem o privilágio de estar na platéia, assistindo tudo de boca aberta. Isso porque o show é apresentado em três dimensões. Não darei detalhes para não estragar a surpresa. Fenomenal!
No último andar fica O Enorme Mar. Você senta em um sofá com dois alto-falantes grudados nos seus ouvidos e fica ouvindo Bossa Nova enquanto assiste a uma reprodução do mar de Copacabana no teto da oca, como se você estivesse flutuando logo acima da água, sob a trilha sonora de João Gilberto. Fascinante. Emocionante.
Serviço:
A exposição vai atá 7 de setembro
A Oca fecha às 21h
Custa R$ 20,00. Estudante para meia, idosos entram de graça e funcionários do Itaú têm vantagens (compram um ingresso e o segundo é cortesia!)
4 comentários:
It could give you more facts.
Katon, Goukakyu no jutsu.
Oi Carla, retribuindo sua visitinha, eu já tinha visto falar dessa exposição na tv, achei interessantissima, pena q tá longe.
Aparece lá no blog hoje pq é dia de Memorabilia.
Bj
Olá, Cassiano!
Pena mesmo que está longe, porque é um banho de cultura pra todo brasileiro! :)
Beijos!
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