7.10.2008

Bossa na Oca: IM-PER-DÍ-VEL!

E viva os 50 anos de Bossa Nova! De 1958 para sempre, amém!



"O silêncio é uma experiência chave para expoentes da Bossa Nova, como João Gilberto.

A Bossa Nova nasce do descobrir que menos é mais."

Sou suspeita, porque acho Tom e Vinícius dois gênios da música e poesia. Sou suspeita, porque amo Bossa Nova. Sou suspeita, porque tenho certeza que só ela poderia ter feito o que fez com o mundo em tão poucos anos (começou em 58 e não tinha mais lugar em 64, com o início da ditadura).

Mas, mesmo sendo muito suspeita, tenho certeza de que todo mundo que já foi concorda comigo: a exposição Bossa na Oca é imperdível! A Oca virou um espaço cheio de boas energias, repleto de sensibilidade, mas tomado por novas tecnologias, que os mestres da Bossa Nova, certamente, nunca sonharam em conhecer. A junção do velho com o novo fez da exposição uma experiência única. Ponto para o Itaú, que está por trás de tudo!

São quatro pavimentos que exalam cultura, boa música, poesia e magia.

Logo na entrada, tem um mural no formato da calçada de Copacabana com o antes, o durante e o depois da Bossa Nova. Demora, é grande, mas leia tudo! Vale a pena ter esse banho de história. Ainda mais para mim, que nasci bem depois de tudo aquilo.

Há também vários IPods gigantes para você escolher, entre inúmeros LPs, a música que quer ouvir.

Depois, você pode entrar em um mini cinema e reviver um pouco da história da Bossa, com entrevistas, músicas e imagens do Rio em 58. Muito louco saber que os compositores faziam as músicas na farra, para a turminha de Copacabana cantar. A pretenção deles de ganhar o mundo era zero! Quem diria....mal sabiam eles que aquela música despretenciosa deles era genialidade pura! Como diz João Gilberto, a Bossa mostrou ao mundo que menos é mais. Adoro!

E a réplica da praia de Copacabana, gente? O que é aquilo? Areia e calçada de verdade, para entrar no clima de vez! Eu entrei. :)

Diversos painéis mostram entrevistas simultaneamente, com artistas da Bossa e os de hoje, que foram influenciados por eles.

Mais três salas, cada uma decorada de maneira especial, aconchegante e intimista transmitem mais três filmes: um sobre Tom (by Dora Jobim, sua neta), outro sobre Vinícius e outro sobre os outros artistas, que formam a Turma da Bossa. E nesse andar também que é possível passar alguns instantes numa câmara anecóica (sem eco), no silêncio absoluto. A experiência é ótima e, quando você sai de lá, parece que aquela loucura do som ambiente passa a ser um monstro te perseguindo.

Falta falar ainda de um show, em que vários artistas cantam Garota de Ipanema. E a gente tem o privilágio de estar na platéia, assistindo tudo de boca aberta. Isso porque o show é apresentado em três dimensões. Não darei detalhes para não estragar a surpresa. Fenomenal!

No último andar fica O Enorme Mar. Você senta em um sofá com dois alto-falantes grudados nos seus ouvidos e fica ouvindo Bossa Nova enquanto assiste a uma reprodução do mar de Copacabana no teto da oca, como se você estivesse flutuando logo acima da água, sob a trilha sonora de João Gilberto. Fascinante. Emocionante.

Serviço:
A exposição vai atá 7 de setembro
A Oca fecha às 21h
Custa R$ 20,00. Estudante para meia, idosos entram de graça e funcionários do Itaú têm vantagens (compram um ingresso e o segundo é cortesia!)

4 comentários:

Anônimo disse...

It could give you more facts.

Anônimo disse...

Katon, Goukakyu no jutsu.

Museu do Cinema disse...

Oi Carla, retribuindo sua visitinha, eu já tinha visto falar dessa exposição na tv, achei interessantissima, pena q tá longe.

Aparece lá no blog hoje pq é dia de Memorabilia.

Bj

Carla Martins disse...

Olá, Cassiano!

Pena mesmo que está longe, porque é um banho de cultura pra todo brasileiro! :)

Beijos!

 
eXTReMe Tracker