7.04.2008

Que sirva de exemplo

Sei que ontem já falei sobre esse assunto, mas não podia deixar de mencionar o quanto ficaria orgulhosa se o exército do meu País realizasse um trabalho tão perfeito como o grupo que libertou os reféns na quarta-feira (2) realizou.


Os caras se infiltraram nas Farc por meses, sem que ninguém (nem os próprios guerrilheiros) desconfiassem do plano de libertação. Os caras só tomaram a atitude de enfrentar o inimigo quando a segurança dos reféns estava garantida e as condições eram propícias para a ação, igualzinho foi feito no caso do ônibus 174 no Rio (*cof).


Em uma de suas entrevistas, Ingrid conta como foi o momento em que soube que estava livre: "Fecharam as portas do helicóptero e ele decolou. Algo aconteceu e não me dei conta do que era. De repente, vi o comandante que durante tantos anos, quatro anos, que nos comandava, que tantas vezes foi tão cruel, tão humilhante e tão déspota. O vi no chão, sem roupa, com os olhos vendados"


Imagina o arrepio que ela deve ter sentido na hora!! Eu acho que perguntaria se eu não poderia ir até lá e dar um chute, um chutezinho só no saco do canalha.


Mas, voltemos ao tema do post: a atuação do exército colombiano. Como os 15 reféns estavam divididos em três grupos, o serviço de inteligência do exército se infiltrou nas Farc e conseguiu fazer com que eles fossem reunidos num só lugar e transportados ao sul do país para que, supostamente, passassem diretamente às ordens de Alfonso Cano (o chefe da guerrilha).

Então, os reféns foram recolhidos num local predeterminado por um helicóptero de uma organização fictícia. Só que o helicóptero era do Exército tripulado por pessoal da inteligência, e voou para San José de Guaviare. Segundo a própria Ingrid, alguns dos militares que se fizeram passar por guerrilheiros usavam camisas com imagens de Che Guevara. “Eles falavam como guerrilheiros e se vestiam como tais”.

Isso é que é trabalho bem feito, hein? Os militares que salvaram esses reféns poderiam dar um curso intensivo para a nossa polícia. Fica a dica.

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